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  • wagnerrocco

Evolução do método “cuspe e giz”


As crianças de hoje estão crescendo em um mundo completamente diferente do que existia há 50, 20, ou até mesmo 10 anos atrás. Vivemos o mundo da informação - sociedade da informação ou sociedade do conhecimento, como alguns autores costumam se referir. Segundo Manuel Castells, sociólogo espanhol conhecido por pesquisas no campo da sociedade, da tecnologia e da educação, afirma: “A integração crescente entre mentes e máquinas (...) está alterando fundamentalmente o modo pelo qual nascemos, vivemos, aprendemos, trabalhamos, produzimos, consumimos, sonhamos, lutamos e morremos”¹. As relações sociais foram – e continuam sendo – remodeladas, cada vez com maior força e velocidade. As práticas humanas se transformam e se tornam obsoletas com cada vez mais rapidez.


Toda essa integração traz consequências, muitas vezes não imaginadas. A própria forma com que as recentes gerações elaboram o raciocínio tornou-se mais fragmentada, muito por conta das novas dinâmicas de interação com o ambiente. Porém, um dos raros ambientes em que as mudanças pouco ou nada ocorreram foi dentro das salas de aula. O método do “cuspe e giz”, termo usado para descrever os métodos de educação ultrapassados (no qual um professor, monoliticamente, fala, enquanto os alunos se preocupam em decorar as informações passadas em uma única via professor-aluno), ainda é muito utilizado. Por que não, então, repensar as formas com as quais ensinamos?


Não utilizar tecnologia dentro do universo escolar é, atualmente, tão sem sentido quanto pretender fugir do aparato tecnológico que nos cerca. Desse modo, a ideia de criar uma ferramenta que oferecesse suporte ao aprendizado surgiu em função da necessária discussão a respeito dos métodos empregados e das expectativas dos alunos em relação ao papel da escola e da educação na sua vida. É possível perceber, de acordo com essa visão, a discrepância entre o que se espera e o que se oferece dentro de sala de aula. A motivação ao estudo é de fundamental importância pois, sem ela, torna-se muito difícil a obtenção de conhecimento. ¹(CASTELLS, Manuel. A Era da Informação: Economia, Sociedade e Cultura. Volume I. A Sociedade em Rede. São Paulo, Paz e Terra, 1999, p.51.)


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